Brasil e Vietnã fecham acordo de tecnologia blockchain e Web 3.0
No Rio de Janeiro, durante a Cúpula do BRICS, os governos do Brasil e do Vietnã assinaram um memorando de entendimento (MdE) voltado à cooperação nas áreas de ciência, tecnologia e transformação digital. Entre os principais pontos de convergência entre os países, o desenvolvimento da blockchain apareceu como um diferencial.
Com isso, o acordo busca incentivar a cooperação científica e tecnológica firmada em 2008 e ampliar as iniciativas conjuntas em desenvolvimento digital. O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) do Brasil assinou o documento em parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia do Vietnã.
Segundo a ministra titular da pasta, Luciana Santos, o objetivo é estimular parcerias científicas e econômicas, especialmente no segmento de semicondutores e inteligência artificial (IA). Outro ponto da parceria diz respeito à internet das coisas, pertinente à Web 3.0 , ao apoio às startups e ambientes de inovação.
Originalmente formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o BRICS recebeu um conjunto de novos membros nos últimos anos. Dentre os quais está o Vietnã , que ingressou no grupo em junho de 2025. Apesar de se reunirem para propor agendas comuns de debate, o BRICS não é um bloco formal, como a União Europeia ou mesmo o Mercosul.
Qual é o contexto do acordo Brasil-Vietnã na política de Donald Trump?
Na semana passada, o governo dos Estados Unidos anunciou um acordo com o Vietnã, após meses de negociação, estabelecendo tarifas de 20% sobre importações vietnamitas. De fato, a taxa ficou abaixo dos 46% inicialmente estipulados por Donald Trump durante um de seus discursos.
No entanto, os produtos exportados do Vietnã para os EUA por meio de outros países, como a China, sofreram uma tarifa de 40%. Segundo o The New York Times, Trump pretende usar essas taxas para tentar excluir a China do comércio mundial. Para contornar as tarifas impostas aos chineses, o governo de Pequim passou a utilizar o Vietnã como rota alternativa de exportação.
Ontem (07), Donald Trump publicou em sua rede social que qualquer país que se alinhar às “políticas antiamericanas do BRICS” será taxado com uma tarifa extra de 10%.
Não haverá exceções a essa política. Obrigado pela atenção em relação a essa questão, escreveu Trump.
Em resposta à declaração de Donald Trump, os países do bloco BRICS se pronunciaram. A Rússia afirmou que “a cooperação dentro do BRICS nunca foi e nunca será direcionada contra terceiros países”, enquanto a China declarou ser contrária ao uso de tarifas como forma de coerção.
Além disso, o presidente brasileiro Luiz Inácio “Lula” da Silva também reagiu e classificou a postura de Donald Trump como “irresponsável”.
Somos países soberanos. Se ele achar que ele pode taxar, os países têm o direito de taxar também. Existe a lei da reciprocidade […] As pessoas precisam aprender que respeito é muito bom. A gente gosta de dar e gosta de receber, e é preciso que as pessoas leiam o significado da palavra soberania. Cada país é dono do seu nariz”, disse em entrevista coletiva .
Apesar das polêmicas nas redes sociais, tanto o Vietnã quanto o Brasil não titubearam em relação ao acordo, mantendo o compromisso pela cooperação tecnológica.
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