Os maiores golpes com criptomoedas que você precisa saber para não perder dinheiro

Com a crescente popularidade do Bitcoin e das criptomoedas, uma onda de golpes sofisticados e perigosos tem surgido, ameaçando as finanças de usuários desavisados.

Especialistas alertam que um único erro ou decisão equivocada pode custar tudo o que foi construído no universo cripto.

Desse modo, é crucial estar ciente das táticas empregadas pelos golpistas para proteger os ativos digitais duramente conquistados.

Aplicativos falsos de carteira de Bitcoin se tornam cada vez mais sofisticados

Entre os métodos mais perigosos estão as carteiras e aplicativos falsos .

Estes não são meras imitações grosseiras; alguns são meticulosamente elaborados, aparecem em lojas de aplicativos oficiais e contam com milhares de avaliações falsas para parecerem legítimos.

Assim, o golpe geralmente funciona da seguinte forma: um usuário baixa um aplicativo que parece ser uma carteira de Bitcoin, muitas vezes o primeiro resultado da pesquisa ou até mesmo um item promovido.

Embora o aplicativo permita o depósito de Bitcoin, a função de retirada é desabilitada ou simplesmente inexistente.

Em casos mais sinistros, alguns desses aplicativos geram uma frase semente para o usuário, mas secretamente guardam uma cópia, aguardando o momento oportuno para drenar os fundos.

Sobrutudo, exemplos reais incluem aplicativos falsos do Electrum no Google Play, aplicativos falsos do Trezor e Ledger que chegaram à Apple App Store, e clones maliciosos de carteiras como MetaMask.

Golpes com criptomoedas

Para se proteger, é fundamental evitar aplicativos promovidos, verificar cuidadosamente o nome do desenvolvedor para garantir que corresponda à empresa oficial.

Além disso, usar carteiras de código aberto (que reduzem o risco de portas traseiras ocultas), verificar URLs ao baixar aplicativos para desktop (cuidado com erros de digitação que levam a sites maliciosos).

Outra dica é optar por carteiras de boa reputação com histórico comprovado, como Sparrow, Nunchuk e Phoenix.

Dispositivos de hardware de código aberto, como o Coldcard, também oferecem maior segurança, permitindo verificar a precisão das informações exibidas pelo aplicativo emparelhado.

Lembre-se, o controle de suas chaves significa o controle de seu dinheiro — ‘não são suas chaves, não são suas moedas’.

Outra armadilha comum é a promessa de lucros garantidos por meio de esquemas Ponzi e programas de investimento de alto rendimento.

Estes são projetados para separar o usuário de seu Bitcoin, apelando à sua ganância.

Promessas de retornos exorbitantes, como ‘ganhe 5% diariamente’ ou ‘dobre seu Bitcoin em uma semana’, são táticas comuns.

Investidores iniciais podem até receber pagamentos, mas estes são apenas os depósitos de novos investidores.

Esquemas fraudulentos prometem lucros fáceis, mas levam a perdas totais

Eventualmente, o esquema desmorona, e todos os que ficam ‘segurando a sacola’ e perdem tudo.

Frases de venda típicas incluem ‘renda passiva com risco zero’, ‘retornos garantidos’ e ‘nosso algoritmo de negociação secreto faz todo o trabalho para você’.

Desse modo, casos notórios incluem Bitconnect, que prometia lucros maciços de bots de negociação antes de entrar em colapso.

Terra Luna, que comprou Bitcoin para sua tesouraria para construir confiança antes de seu esquema de stablecoin falido levar à perda de bilhões.

Além disso, a Celsius, que prometeu juros seguros em Bitcoin antes de congelar saques e pedir falência, deixando clientes presos.

A proteção contra esses golpes reside em evitar qualquer investimento que você não entenda como gera retornos.

Portanto, seja extremamente cauteloso com qualquer coisa que pressione você a recrutar outras pessoas, um clássico sinal de Ponzi.

Nenhum investimento legítimo, especialmente em Bitcoin, garante lucros. A mensagem mais importante é: se você já possui Bitcoin, você já ganhou.

Não há necessidade de buscar rendimento; se você não consegue ver claramente de onde vem o rendimento, você é o rendimento.

Phishing: fique atento

Os ataques de phishing são devastadores e altamente eficazes, com golpistas se passando por empresas, serviços ou até mesmo pessoas conhecidas para enganar o usuário e revelar informações confidenciais, como senhas, chaves privadas ou frases semente.

Golpistas disparam alertas de segurança falsos, fingem ser agentes de suporte para roubar frases semente, oferecem brindes enganosos e clonam sites com URLs quase idênticos aos originais.

Assim, um exemplo infame foi a violação de dados da Ledger, onde golpistas obtiveram acesso ao banco de dados de clientes e enviaram e-mails altamente direcionados, direcionando as vítimas a um site Ledger falso onde inseriam suas frases semente, resultando na perda de seus fundos.

Para se proteger, nunca insira sua frase semente online. Verifique cuidadosamente os URLs antes de inserir qualquer informação sensível.

Presuma que mensagens de suporte não solicitadas são golpes e entre em contato com o suporte apenas por canais oficiais.

Portanto, use carteiras de hardware para autenticação resistente a phishing e diminua o ritmo, pois o phishing se baseia no pânico.

Criptomoeda melhor que o Bitcoin

As fraudes de afinidade são incrivelmente astutas, pois não atacam o Bitcoin diretamente, mas o elogiam inicialmente.

Assim, golpistas visam pessoas já abertas ao Bitcoin, mas as convencem de que há algo ‘ainda melhor’: uma nova altcoin, um projeto chamativo, ou o ‘próximo Bitcoin’, e as incentivam a trocar seu Bitcoin por isso.

Dessa forma, táticas comuns incluem afirmar que ‘Bitcoin é tecnologia antiga’, que a nova moeda tem ‘transações mais rápidas e taxas mais baixas’, ou que ‘este é o verdadeiro Bitcoin que Satoshi realmente pretendia’.

Eles podem até comprar Bitcoin para sua própria tesouraria para parecerem legítimos, dizendo: ‘Amamos Bitcoin, mas nosso projeto é onde estão os verdadeiros ganhos’.

Se o marketing depender de influenciadores e endossos de celebridades, é provável que seja uma boa ideia fugir.

Golpes de ransomware e extorsão visam assustar vítimas para obter Bitcoin

Por fim, os golpes de ransomware e extorsão não tentam convencer, mas sim assustar ou forçar o usuário a entregar seu Bitcoin.

Software malicioso pode bloquear ou criptografar arquivos, exigindo Bitcoin para desbloqueá-los. Golpes de extorsão ameaçam liberar informações sensíveis ou fabricadas, a menos que um pagamento seja feito.

Às vezes, não há nem mesmo um hack real, apenas táticas de medo para fazer a vítima acreditar que aconteceu.

O ransomware WannaCry paralisou hospitais no mundo todo em 2017, enquanto hackers invadiram o Colonial Pipeline em 2021 e só liberaram a infraestrutura após receberem um resgate em Bitcoin.

Além de uma epidemia de e-mails de extorsão que afirmam falsamente ter vídeos ou fotos comprometedoras.

Dessa forma, para se proteger, mantenha backups offline de seus dados importantes, atualize regularmente seus dispositivos para corrigir vulnerabilidades, e seja extremamente cauteloso com anexos de e-mail e links desconhecidos.

Dito isso, se você receber um e-mail de extorsão, não entre em pânico, pois muitas vezes é um blefe. Use senhas fortes e exclusivas e um gerenciador de senhas.

Considerar a auto-hospedagem de seus dados com dispositivos como Umbrel ou Start9 também é uma forma de proteger suas informações.

Nesses casos, o Bitcoin não é o problema, mas sim o método de pagamento preferido por ser rápido e sem permissão; a verdadeira questão é a má higiene digital e a queda no medo.

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