Bitcoin hoje: entenda por que as próximas 48 horas serão cruciais para o ativo

No fechamento da matéria, o Bitcoin era negociado perto de US$ 106.900, logo abaixo da resistência de US$ 108.250.

Esse nível marca o limite superior de uma linha de tendência que tem limitado os preços desde as máximas de junho.

Cenário técnico do Bitcoin hoje

O impulso técnico começa a perder força, e as próximas 48 horas podem ser decisivas. Isso porque o ativo pode romper essa barreira ou recuar novamente para suportes importantes.

Os gráficos de curto prazo sugerem uma possível reversão. No gráfico de 2 horas, o ativo forma um padrão de cunha ascendente.

Nele, o Bitcoin fez uma máxima mais baixa perto da retração de 0,236 de Fibonacci, em US$ 106.237.

Caso perca a média móvel exponencial de 50 períodos (US$ 106.249), o preço pode cair até US$ 104.991 e US$ 103.984.

Nesse sentido, os pontos correspondem às retrações de 0,382 e 0,5 de Fibonacci.

Gráfico do Bitcoin (BTC) no TradingView

Resistências principais: US$ 108.250 e US$ 110.000
Suportes importantes: US$ 106.250 e US$ 104.900
RSI: Neutro, em 56
MACD: Histograma de alta enfraquecido

Investidores com foco em alta podem esperar um rompimento claro acima de US$ 108.250.

Por outro lado, os ursos podem buscar posições vendidas abaixo de US$ 106.200, com alvo próximo de US$ 104.000.

Geopolítica e Fed impulsionam o rali

A recente alta do Bitcoin tem origem macroeconômica. Um cessar-fogo no Oriente Médio acalmou os mercados. Com isso, o capital voltou para ativos de risco.

O Bitcoin recuperou sua média móvel simples de 50 dias (SMA), próxima de US$ 106.000, no meio da semana. Desde então, os compradores têm defendido essa região.

Além disso, o Federal Reserve suavizou seu discurso sobre o setor bancário ligado às criptomoedas. Isso reduziu a pressão regulatória no curto prazo.

Muitos traders interpretaram isso como um sinal verde, o que fortaleceu o movimento de alta do BTC.

A demanda institucional segue forte. Os ETFs registraram entradas líquidas por 13 dias consecutivos. Só nesta semana, foram US$ 1,71 bilhão — o maior valor desde maio.

Empresas como Metaplanet e ProCap compraram mais de 7.500 BTC nesse período. Dessa forma, o movimento revela convicção institucional, mesmo com o investidor de varejo ainda retraído.

Bitcoin pode romper US$ 112.000 e subir mais?

A faixa entre US$ 108.000 e US$ 110.000 continua sendo a principal barreira técnica.

Assim, um fechamento acima de US$ 109.000, com aumento de volume, pode levar o BTC a US$ 112.000 ou mais, segundo analistas.

Caso ultrapasse essa região, os alvos seguintes podem incluir US$ 120.000 e até US$ 165.000. Esses níveis seriam impulsionados pela demanda por ETFs à vista e fatores macroeconômicos favoráveis.

Porém, a alta ainda não está garantida. Se o BTC não romper os US$ 108.250, uma correção de curto prazo pode ocorrer. O volume de negociação segue baixo, e a atividade on-chain também caiu.

O volume de transferências caiu 32%, para US$ 52 bilhões, enquanto o volume no mercado à vista está em torno de US$ 7,7 bilhões — um valor tímido.

Por fim, se o preço cair abaixo de US$ 106.249, o caminho até a faixa entre US$ 104.000 e US$ 105.000 ficará aberto.

Assim, essas regiões podem funcionar como zonas de acumulação para os touros.

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