A exchange de criptomoedas Gemini protocolou na sexta-feira (6) um pedido preliminar de abertura de capital nos Estados Unidos. A empresa, fundada pelos irmãos Cameron e Tyler Winklevoss, afirmou ter enviado confidencialmente à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) um rascunho de declaração de registro para uma oferta pública inicial (IPO) de ações ordinárias Classe A.
De acordo com o comunicado oficial da empresa, a Gemini ainda não definiu a quantidade de ações e a faixa de preço. Além disso, a operação deverá ocorrer somente após a conclusão da análise pela SEC, além de estar sujeita às condições de mercado e outros fatores externos.
A movimentação da Gemini ocorre em um momento de crescente interesse de empresas do setor cripto em abrir capital nos EUA. A Circle , emissora da stablecoin USDC, também entrou com pedido de IPO em abril e iniciou a negociação de ações nesta semana. A Kraken , outra grande exchange norte-americana, também estuda realizar uma oferta pública, segundo reportagens recentes.
Fonte: Gemini
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Gemini planeja IPO
Esse novo ciclo de abertura de capital é impulsionado por um ambiente regulatório considerado mais favorável ao setor de criptoativos desde a posse do presidente Donald Trump , em janeiro deste ano. Trump prometeu tornar os Estados Unidos a “capital global dos criptoativos”, além de ter nomeado reguladores com postura pró-cripto para cargos-chave em agências federais, incluindo a própria SEC.
Os irmãos Winklevoss , que fundaram a Gemini, têm histórico de apoio ao ex-presidente e foram doadores de campanha com contribuições milionárias em Bitcoin.
A relação entre a Gemini e a SEC , porém, tem histórico recente de tensão. Em 2023, sob a administração anterior, a SEC processou a exchange por supostamente oferecer valores mobiliários não registrados por meio do programa Gemini Earn. No entanto, em abril de 2025, as partes apresentaram moção conjunta para buscar uma resolução potencial para o caso.
Com o movimento da Gemini, o setor de criptoativos reforça sua presença no mercado de capitais tradicional, impulsionado por mudanças políticas e maior disposição de investidores institucionais.
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