Dólar em queda histórica: Satoshi estava certo sobre o sistema FIAT?
O dólar americano recuou para seu menor nível em três anos frente ao euro e à libra esterlina, cenário que pode abrir novas oportunidades para o mercado cripto enquanto a principal moeda de reserva global enfrenta pressões renovadas.
Apesar de o Banco Central Europeu ter cortado as taxas de juros novamente nesta quinta-feira, os Estados Unidos ainda não seguiram o mesmo caminho. A perda de dominância do dólar reforça o alerta feito há mais de uma década por Satoshi Nakamoto sobre a fragilidade das moedas fiduciárias.
O dólar é considerado a principal moeda FIAT do mundo por sustentar uma economia de consumo robusta, movimentar o comércio global de petróleo e lastrear os títulos do Tesouro dos EUA, entre outros fatores.
No entanto, a atual desvalorização pode gerar instabilidade para o sistema financeiro tradicional (TradFi) e, ao mesmo tempo, representar uma oportunidade estratégica para o setor cripto. A crescente desdolarização global tende a impulsionar a adoção do Bitcoin como alternativa de reserva de valor.
Recessão nos EUA ganha força mesmo com otimismo do Fed de Atlanta
Apesar de um relatório recente do Federal Reserve de Atlanta com projeções econômicas positivas, os sinais de uma possível recessão nos Estados Unidos estão se intensificando. O dólar segue em queda frente ao euro , à libra esterlina e outras moedas importantes, enquanto o mercado de criptoativos reflete um sentimento de ganância crescente.
Além disso, surgem alertas no setor imobiliário norte-americano, com indicadores que apontam para uma possível deterioração. Caso se confirmem, esses sinais podem ter implicações significativas para a economia global e fortalecer ainda mais a narrativa de adoção de ativos alternativos, como o Bitcoin.
Nic Puckrin, analista de cripto e fundador do The Coin Bureau, abordou a recente fragilidade do dólar e os riscos econômicos globais em um comentário exclusivo à BeInCrypto. Para ele, o mercado cripto, especialmente o Bitcoin, oferece proteção contra cenários de estagnação econômica que afetam as moedas fiduciárias.
“Mesmo em um cenário de estagflação, o Bitcoin pode preservar portfólios. Está se consolidando como uma alternativa de refúgio para investidores que perdem a confiança na economia dos EUA. Além disso, foi concebido para ser resistente à inflação”, afirmou Puckrin. “O Bitcoin é único. Nenhum outro ativo no mercado de cripto possui as mesmas características de proteção.”
O analista reforçou uma visão maximalista do BTC, ressaltando que a moeda foi desenhada por Satoshi Nakamoto como um antídoto à instabilidade do dólar. O surgimento do Bitcoin , logo após a crise financeira de 2008, reforça seu DNA baseado em governança descentralizada e sem necessidade de confiança em intermediários — princípios que, segundo Puckrin, parte da comunidade atual parece ter esquecido.
Desafios de política monetária
O Banco Central Europeu cortou as taxas de juros nesta quinta-feira, medida que contrasta com a postura do Federal Reserve dos EUA. O ex-presidente Donald Trump já havia pressionado Jerome Powell, atual presidente do Fed, a adotar o mesmo caminho. No entanto, a situação americana é mais complexa.
Embora a União Europeia seja uma potência econômica relevante, os Estados Unidos seguem como pilar da economia global. Cortes prematuros nas taxas podem limitar a capacidade de resposta do Fed em futuras crises, já que suas ferramentas de estímulo são limitadas e as taxas não podem ser reduzidas abaixo de zero.
Diante dessa incerteza, investidores institucionais estão reduzindo sua exposição ao dólar e direcionando seus aportes para o Bitcoin, ampliando ainda mais o papel da moeda digital como alternativa de proteção em tempos de instabilidade econômica.
A postura protecionista do ex-presidente Donald Trump gera preocupações no cenário econômico. Medidas de alívio tarifário podem estimular a economia dos EUA. No entanto, Trump anunciou recentemente que pretende impor novas tarifas sobre produtos da União Europeia.
Paralelamente, apesar de relatar avanços nas negociações com o presidente chinês Xi Jinping, Trump ameaçou sanções à China há menos de uma semana. Essa postura instável em política comercial tem gerado volatilidade no dólar, enquanto o mercado cripto registra níveis relativamente baixos de liquidações.
Essa instabilidade reforça os fundamentos da criação do Bitcoin, idealizado por Satoshi Nakamoto para operar de forma independente dos governos e políticas nacionais. Sem depender de lideranças centralizadas ou confiança em autoridades estatais, o Bitcoin oferece uma alternativa imune aos choques que afetam as moedas fiduciárias.
Bitcoin como refúgio em tempos incertos
Nic Puckrin, fundador do The Coin Bureau, acredita que esse cenário tende a intensificar a migração de investidores para o Bitcoin:
“Podemos ver a divisão entre o Bitcoin e as altcoins se aprofundando. Os investidores buscam o BTC como reserva de valor, enquanto evitam ativos mais especulativos e voláteis. Fora o Bitcoin, apenas ativos do mundo real tokenizados, como os lastreados em ouro, podem desempenhar esse papel”, explicou.
Apesar dos sinais de fragilidade econômica global, a crise ainda não se consolidou plenamente. Especialistas afirmam que ainda há tempo para ajustes nas alocações. Investidores experientes podem migrar parte dos recursos do dólar para criptoativos como o BTC, antes de uma possível desvalorização mais acentuada.
Ainda assim, não há garantias absolutas sobre os rumos do mercado — o cenário continua imprevisível e exige cautela.
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